Qual deveria ser a primeira ação da Secretaria da Micro e Pequena Empresa?

Qual deveria ser a primeira ação da Secretaria da Micro e Pequena Empresa?
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Qual deveria ser a primeira Ação da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, criada pela presidente Dilma Rousseff? O Estadão PME fez a pergunta para pessoas ligadas ao empreendedorismo sobre quais deveriam ser as prioridades do órgão. Burocracia para abertura do negócio e impostos estão entre as reclamações.

Na avaliação do diretor geral da Endeavor, Juliano Seabra, a primeira Ação da secretaria deveria ser simplificar todos os procedimentos burocráticos e legais que envolvem a criação e desenvolvimento de negócios no país. “Regras simples e claras para todos os empreendedores contribuem para um ambiente mais competitivo e dão condições para que as empresas cresçam e deixem de ser micro e pequenas”, afirma.

O empreendedor Vicente Barbur Neto concorda com Seabra. Ele demorou pouco mais de um mês para conseguir o CNPJ da empresa AvalDoc, um portal de agendamento de consultas e avaliação de profissionais de saúde. “A abertura de empresa é um processo bastante burocrático. Essa é uma reclamação recorrente de todo mundo que está abrindo uma empresa e a secretaria poderia ajudar nesse sentido”, diz.

Outra dificuldade enfrentada por Vicente está relacionada ao crédito. “A maioria das empresas na internet precisa de cartão de crédito para fazer os pagamentos. E você acaba passando seu cartão de crédito pessoal porque o banco exige que a empresa tenha um histórico de receita. Se você não tem esse histórico, mesmo tendo muito dinheiro em caixa, ele não vai deixar você fazer nada”, conta.

“Na internet, as coisas acontecem com uma velocidade impressionante. E um mês é muito tempo para você ficar parado, sem conseguir evoluir na sua empresa”, diz Vicente. O empreendedor acredita que a secretaria deve trabalhar para conectar empreendedores para compartilhar histórias e discutir problemas em conjunto.

Para Gustavo Caetano, CEO da SambaTech e presidente da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), a primeira medida tomada pela nova secretaria deveria ser um plano para diminuir as tarifas sobre as startups. “De cara seria muito interessante a criação de um regime tributário diferenciado para essas empresas por um período de dois anos, por exemplo”, diz.

Em nota, o presidente do Sebrae, Luiz Barretto, afirma que a criação da nova instituição significa um grande avanço. “Esse segmento reúne atualmente mais de 7 milhões de empreendimentos, que são 99% das empresas brasileiras. As demandas desses empreendedores são muitas e o fato de contar com um ministério específico amplia o diálogo com o governo.”

Fonte: Estadão

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