Dicas para sair do vermelho
Parece que nós nunca estamos satisfeitos com o salário que ganhamos. A verdade é que, quanto mais nós ganhamos, mais gastamos. Estamos aptos a gastar mais do que podemos e dessa forma corremos o risco de entrar “no vermelho”.
Para muitos, é praticamente impossível chegar ao final do mês com o saldo positivo. O cheque especial já tornou-se parte da nossa vida e acabamos usando mais que o necessário.
Além das contas fixas que temos para pagar todos mês, ainda tem o “famoso” cartão de crédito que não deixa de ser usado até que acabe o limite. Muitas pessoas com problemas financeiros recorrem ao cartão de crédito e quando se dão conta, as dívidas são maiores do que podem pagar. Ainda tem aqueles que acabam pegando empréstimos para pagar dívidas, e assim, acabam fazendo uma nova.
O ideal é não deixar as dívidas acumularem e pensar na melhor maneira de pagá-las sem perder muito dinheiro. Confira algumas dicas de como renegociar o seu débito da melhor maneira:
1. Procure resolver o problema logo no início
Assim que você perceber que a situação está ficando difícil e que não vai conseguir continuar pagando as suas dívidas, procure logo o credor e exponha a sua situação. Seja direto com ele e explique o ocorrido, pois a única coisa que interessa a ele é receber seu dinheiro de volta.
2. Ganhe tempo na negociação
Ao negociar o pagamento dos débitos com o credor, seja bem claro em relação às suas condições financeiras e tente ganhar o maior tempo que você puder. Alongue o prazo da sua dívida ao máximo, parcele em 12 ou 24 vezes para que possa acomodar este gasto com folga no seu orçamento.
3. Evite ajuda de intermediários
Procure sempre negociar direto com o seu credor e evite transações com intermediários, como empresas de cobrança. Elas dificilmente estão dispostas a flexibilizar a dívida, já que ganham uma comissão sobre o valor recebido dos clientes. Deste modo, o máximo que você vai conseguir é uma parcela ainda maior.
4. Negocie a taxa de juros
A taxa de juros é totalmente negociável, portanto não aceite a primeira proposta do credor, mas também não espere que ele vá aceitar descontos excessivos. Não deixe de solicitar os demonstrativos do saldo devedor para verificar tudo o que está sendo cobrado.
5. Utilize o dinheiro das férias e décimo terceiro salário
Se você tiver a oportunidade, não deixe de utilizar este recurso para negociar o pagamento à vista das suas dívidas, dando prioridade àquelas que possuem encargos mais altos, como as de cartões de crédito e cheque especial. Lembre-se que por estar pagando à vista, a empresa deverá lhe conceder descontos como forma de compensar os juros e multas que seriam cobrados.
6. Exija o estorno de multas e juros cobrados indevidamente
Como mencionamos anteriormente, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor (CDC), os valores cobrados a título de juros e multas não podem exceder a 2%, o que dá a você o direito de pedir o estorno de eventuais cobranças que tenham ficado acima do determinado. Não aceite pagar outras taxas de serviços como, por exemplo, honorários advocatícios ou despesas de cobranças, pois estes pagamentos só seriam obrigatórios se você estivesse participando de um processo judicial e necessitasse de um advogado.
7. Investimento é dispensável nesta situação
Lembre-se que não vale a pena ter dinheiro investido se você está endividado, pois os juros que recebe nas aplicações financeiras são menores do que os pagos pelos financiamentos. Primeiro pague suas dívidas e depois comece a se planejar melhor, de forma a poupar uma parte da sua remuneração todos os meses.
As empresas podem protestar o seu nome em órgãos como a Serasa e SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) como forma de restringir as suas transações bancárias. Então, quando você formalizar um acordo com o seu credor, você deve pedir para que ele tire o seu nome da lista de consumidores inadimplentes destes órgãos.
Depois que conseguir sair do vermelho, evite cair na tentação de voltar a consumir compulsivamente. Procure estabelecer metas para não deixar o endividamento prejudicar a sua vida.
Fonte: Infomoney